quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Marilyn Monroe


Norma Jean,berço de inocência,sem pudor
Foi chantageada pela luz dos holofotes
Perdeu a batalha para si mesma
Mudou de nome e de espírito


Decidiu ser o que só procrastinava
Tornar real o mais amargo de seus sonhos
Assinou contrato com o diabo
O devaneio era mais sublime que a realidade


Teve seus sonhos despedaçados em uma avenida
No contraste de sua beleza com sua ingenuidade
O brilho do seu olhar escondia a escuridão
Sua alma promíscua acobertava sua fragilidade


Confundiu o fulgor de sua aura com seu nome iluminado
Entregou seu corpo a corpos errados
Buscou conforto em todos os braços
Enlaçando suas pernas sem grandes laços


Sua melhor amiga e a mais duvidosa foi a platéia
Que a fez feliz por meio tempo
A cólera consumia sua juventude
Seus sentidos só entendiam o que era amargo
A doce ilusão da vida não a cegava mais
A tristeza era maior no oceano de seus olhos


No auge de sua dor
Personificou o mistério do destino
Viveu em todos os abismos da existência
Foi ofuscada pela luz e pela escuridão
Foi excitada pela carne e por promessas quebradas


Sua morte lhe trouxe vida
Grande ironia de sua sorte
Seu epitáfio foi sua busca pelo amor
A sua lenda se acendeu
No tempo que a chama do seu sorriso se apagou

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